domingo, 20 de setembro de 2009

Alminhas e Anjo da Guarda









1 comentário:

  1. A vizinha perdeu o gato, mas que disparate.
    Fugiu de casa, pra não mais voltar.
    Porque te sumiste sub-reptício, malvado gato?
    Seu nome é Rom-Rom.
    Publica-se anúncio.
    Alvíssaras a quem o achar.
    Se alguém o vir, chame-o, p’lo nome, e dê-lhe Kitekat.
    Por onde andas, a esta hora, famigerado vadio?
    É preto, luzidio, usa coleira vermelha anti-pulgas, só vê do olho esquerdo.
    Não vamos contar a história dele, que dava pra longo romance.
    Por ora trata-se de recuperá-lo.
    Oxalá não seja já composto indiscriminado na barriga dalgum chinês.
    Aqui vai expresso meu SOS para a Net:
    DESCUBRAM ROM-ROM!
    -
    Verdes entrançados, nylon, estruturas d’andaimes separam Caramelo
    da amada gata, do prédio em construção: Bem tenta ela a aproximação:
    Os arredores rodeia, e estuda, enquanto ele, dependurado à janela,
    como estátua, imobiliza, e freme:
    Mutuamente se suspeitam, mas, p’la aluada noite,
    a distância entre ambos tece-se duns sonhos improváveis.
    O peso nocturno passa, suspenso no peitoril marmóreo.
    Já regressado ao interior fofo aconchego, à carpete, uis fundos dá,
    frio gemer, dolorido miar.
    Lapsos depois à estratégica postura torna,
    já a gatita debandara.
    Ei-lo agora a remover nervosamente o pescoço pra todo o lado,
    atarantado do diamantino satélite.

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